Tarck Chaquir
Romance
A solitude, para muitos, é uma palavra que evoca o medo da ausência, da falta, do vazio. Mas quem, de fato, abraçou a solitude sabe que ela não é um abismo a ser temido, mas uma profunda e silenciosa morada interior.
Não é o reflexo de uma solidão que oprime, mas o eco de uma liberdade que nasce do encontro consigo mesmo.
A solitude é, paradoxalmente, um abraço que acalma, um espaço onde a alma respira sem a pressão do mundo exterior.
Muitos confundem solitude com solidão, como se a ausência de companhia fosse um sinal de carência. Mas, na verdade, a solitude também é uma forma de se afastar de tudo o que é tóxico, de todas as vozes e energias que
não estão alinhadas com o seu verdadeiro ser. É um gesto de autocuidado profundo, uma escolha consciente de preservar a essência, de se distanciar das frequências que não ressoam com a sua própria vibração. Ela não exclui o mundo, mas o observa à distância, com um
olhar sereno e descompromissado.
Em cada página deste livro, convido você a percorrer um caminho não de fuga, mas de acolhimento do silêncio. A solitude não é o vazio que nos enfraquece, mas o espaço sagrado onde as verdades mais puras podem surgir.
Quando nos afastamos das pressões externas, das expectativas que nos cercam, encontramos a clareza para enxergar a vida com uma nova perspectiva, mais rica e autêntica.
Aquele que abraça a solitude não é um ser que foge da vida, mas aquele que se permite estar em sintonia consigo mesmo. A solitude é, talvez, o maior abraço que podemos nos dar o abraço que liberta, que nos reconecta com nossa verdadeira natureza.